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Com foco nas diversas possibilidades que o piano e o teclado, como interface, oferecem na performance e na produção musical, Lilian Nakahodo passeia pela tradição pianística popular às modalidades que flertam com a arte sonora contemporânea. Participa de diversos projetos autorais e instrumentais em Curitiba. Ela elaborou uma playlist com  músicas instrumentais que protagonizam as teclas ou formações inusitadas e fez comentários sobre elas. 

"Aurora" de Alva Noto + Ryuichi Sakamoto. Alva Noto é o nome artístico do alemão Carsten Nicolai e esse é um dos trabalhos que ele tem em parceria com o compositor e pianista japonês, Ryuichi Sakamoto. O resultado é uma música minimalista que mistura uma textura sintética de glitchs com um piano poético bem cara de Sakamoto.

 

"Data.Matrix" de Ryoji Ikeda. Ikeda é um artista sonoro e visual japonês que explora padrões rítmicos minimalistas a partir de sons sintéticos fragmentados, criando texturas bem interessantes. Uma viagem.

Link para uma peça eletroacústica da Lilian, de textura sintética:)

"Oxum" de Tombô. É um trabalho de música instrumental que mistura toques de percussão de terreiro com texturas eletrônicas. Feita por um quarteto de Curitiba do qual participo e assino algumas composições, além da produção e pós-produção dos álbuns disponíveis online.

 

"Coisa 5" por Quartabê. Quarteto de três musicistas jovens e fantásticas, Quartabê, pra mim, é o que há de mais inovador na música instrumental brasileira e consegue juntar nesse primeiro álbum oficial - o "Lição #1: Moacir" - ousadia, bom humor e virtuosismo com linguagem de jazz Brasil da escola hermeto-pascoalina (uma delas integrou a Orquestra Itiberê Família) em versões genialmente desconstruídas e contemporâneas, de um dos maiores compositores brasileiros de todos os tempos, o grande mestre Moacir Santos.

"Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz". O primeiro álbum do grupo baiano não está disponível nas plataformas digitais e o único link encontrado é este, com todas as faixas unidas. Certamente um dos shows mais marcantes que já presenciei, com um grupo formado apenas por sopros e percussão, arranjados e dirigidos pelo maestro Letieres Leite. Os ritmos de matriz africana do candomblé, que não estão tão presentes no nosso cotidiano musical sulista, emocionam em sua complexidade e ritualidade e é impossível não ser transportado a um lugar muito particular de brasilidade, onde habitam orixás, imaginário afro-brasileiro e ancestralidade.

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