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Ouvindo 10 - Ela, Carolina



O disco hoje é da Carolina Maria de Jesus. Muita gente falando dela. Que bom!

Para cada música do Quarto de Despejo me veio uma coisa na cabeça. Coloquei um comentário, um filme, uma obra, um show.... E deixei o disco em primeiro lugar. Então você decide se ouve o disco antes e depois lê o post e vai ver as conexões que eu fiz. O bacana é prestar bem atenção às letras da Carolina para não boiar na vida real e, mais humildemente, no que me saltou na cachola.


RA, RE, RI, RO, RUA - Luana Bayô gravou essa música. Deixo aqui o link do show dela: Tambu. Lindíssimo.


VEDETE DA FAVELA - Essa é uma obra sem título de Heitor dos Prazeres. A foto é ele pintando. Tirei da Revista Geledés.


PINGUÇO - Essa música me lembrou, advinha? A última Virada Cultural do Samba. Sabe por quê? É que ela foi patrocinada por uma aguardente. Chato, né? Claro que não demonizo uma pinguinha, uma caipirinha. Mas daí a defender patrocínio de bebida pra evento musical... Por que a demora em regulamentar isso como na mídia de massa, em que a publicidade de bebida e cigarro é mais controlada? Com as lives ocupando tudo na pandemia, os canais do youtube e já aproveito para incluir o cinema, estão parecendo mais ainda uma terra de ninguém... Desculpa, mas, em geral, fica na cara quando um personagem no cinema faz parte do merchan ou quando o enredo pede. Caramba... Onde é que fica a responsabilidade (lá vem eu) com todos os ferrados que estão a procura de um espelho para se ver, se ter, se manter nas suas mazelas... A regulamentação já deveria estar sendo pensada há um bom tempo. Estão esperando as empresas ganharem mais dinheiro ainda pra daí regulamentar? Olha o recado da Carolina aí em cima.

Só quem convive com bafo de pinga e cigarro sabe. Já acostumou por causa desse negócio que chamam de amor? Tá bom. Se você diz que não é masoquismo, nem falta de opção... O pior é ter que enfrentar SUS como companhia de doente. Nem vou falar da violência doméstica. Aquela que acontece porque o pinguço diz que perde a noção quando bebe...

Facilitar e estimular o consumo de bebida, beleza. Agora, beleza mesmo é dificultar a vida de quem precisa da multiuso cannabis medicinal. É uma hipocrisia sem limites dessas autoridades e da sociedade que insistem em regras ridículas para corroborar a ignorância, preconceito e falta de acompanhamento das pesquisas. Ainda bem que algumas associações estão conseguindo produzir o óleo de cannabis a preços mais baratos para crianças e adultos com epilepsia e tantos outros problemas como ansiedade, depressão. Entra no site da APEPI pra ver.

ACENDE O FOGO - Essa obra aí embaixo também é do Heitor dos Prazeres. Tirei da Geledés também.


O POBRE E O RICO - Quando ouvi essa música da Carolina, me lembrei do curta argelino O Búzio (2009), de Sol de Carvalho. Mostra as crianças que viram soldados. Tomei contato no curso de Cinema Negro da UFRGS.


SIMPLÍCIO - A festa estava animada quando a polícia chegou... O Simplício quando viu a coisa preta avoou, desmaiou, perdeu a coragem... Hoje Carolina, provavelmente, não usasse a expressão "ver a coisa preta". Quem sabe, optasse por perder a cor, ficar branco e desmaiar de covardia. A festa aí embaixo foi pintada pelo Heitor dos Prazeres.


O MALANDRO - Por causa do final da história me lembrei de outro filme que assisti por causa do curso de Cinema Negro. Os dois personagens encurralados somem do planeta de um jeito triste que doi.


MOAMBA - Mais uma obra de Heitor do Prazeres para ilustrar essa música.Tirei da Revista Prosa, Verso e Arte.


AS GRANFINAS - Mulherada sem noção, diz a Carolina. Sou mais a lavadeira do Heitor. Essa sim é gente fina.


MACUMBA - Macumba da Carolina, Macumba do Heitor, dessa vez pra ouvir.



QUEM ASSIM ME VER CANTANDO - Será que ela tá curtindo uma fossa? Pergunta pro Heitor. Para o bem do meu post vou supor que sim. Orna direitinho com a música. Uma dor de cotovelo daquelas. Tá terminando o disco.


A MARIA VEIO - Sei não, mas é boa demais essa. Impossível não dançar. E vou contar. Não é fofoca. Não é fofoca. Mas, vi a Maria toda arrumada. Acho que ela achou uma festa melhor.

Obra? Do Heitor. Precisava dizer?


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