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  • Foto do escritorCAIXA CAIXOTE CAIXÃO

Dê ombros

Atualizado: 25 de jun. de 2022


Essa imagem é a mesma do post do Arte na Roda – que sai semana que vem - porque ela liga os dois escritos. Lá você fica sabendo pela artista Arissana Pataxó o que a obra significa. Repito aqui essa mão no ombro. A passagem para ação com ou sem tombo. Paralelas de braços e abraços de liberdade para me extrapolar da sacada de respiro e inspiro.

E fica dentro. Comigo. No meu interior. Querendo correr pros braços da araucária. An

teparo. Peões. Pinhões. Passo de cá para lá. E vou vendo a grade derrubada no chão pelo sol que vai indo, indo.


Não quero que vá. Não suporto essa ida tão cedo. Quero mais. Quero que entre pela tarde para continuar fazendo alarde. Quero explosão de raios certeiros para iluminar meu anseio. Quero sombra, sim, mas que amplie o real, que encha de volume a meta incerta. Que dê banco nos flancos de batalha.

E entre mantos negros de senzala transforme o jogo. Da velha seta. Zupt. Assuste-se. Veja-se de todos os lados. Veja os com todos os fatos. Como a boa receita cubista, insista. Gire 360. Bem girados. E pinte-se bem deformado. Somado a todos os lados. E depois insira cotidianos, anos. Perda-se na medida das palavras. Suma com os centímetros. Componha milímetros frouxos. Sem marcas na capa. Proteja-se da faca plástica. Deixa-a elástica.

Obra Jogo de Xadrez do cubista Juan Gris.


Depois, peão rei, rainha, pegue seu cavalo, ande em L, jogue-se em retas e diagonais. O reino é seu. É nosso. Posso ganhar a lua, então, já que a sombra da sacada a prenuncia. Alia-me mais ao cosmos. Alinha previsibilidade ao meu caos que não tenho como não preservar. É essência. Fica em latência na minha órbita. Mesmo que mórbida. Sórdidas lógicas. Socorro. Corro só para outra órbita. Para elipsar. Para arredondar arestas funestas. Para não colapsar.





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